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Prefeitura desencadeia ações de prevenção ao fenômeno El Niño

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  • Post published:9 de setembro de 2015
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Defesa Civil, Secretaria de Infraestrutura Urbana, Subprefeituras e Fundação 25 de Julho se preparam com ações preventivas para enfrentar um período que segundo as previsões pode ser de chuvas intensas nos próximos meses. 

No início da semana, o prefeito Udo Döhler reunir a equipe das Subprefeituras e Seinfra para falar sobre o tema. 

Na Secretaria de Infraestrutura Urbana, as ações estão concentradas na manutenção das redes de drenagem e na limpeza de rios. 

Segundo o gerente da Unidade de Drenagem, engenheiro Cassiano da Silva, as regiões que mais preocupam são as atingidas pelos rios Águas Vermelhas, Jaguarão, Mathias, Guaxanduva, Itaum Mirim, Iririú Mirim, Mirandinha, Cachoeira e Bom Retiro.

“São os locais que aparecem no histórico de alagamentos registrado em nossos arquivos”, disse. O engenheiro alerta que os moradores devem ficar alertas para as chuvas de verão que, se combinadas com o fenômeno El Niño, podem ser mais fortes e intensas que o normal. 

“São situações em que chove muito em um curto período de tempo, sem possibilidade de a drenagem dar conta da vazão”, avalia.

Nos trabalhos de prevenção, a Seinfra conta com cinco escavadeiras hidráulicas (conhecidas como PC) grandes, duas mini escavadeiras, seis caminhões e duas equipes de limpeza manual. 

“Estas equipes estão todos os dias realizando a limpeza de rios nos diversos bairros da cidade, com apoio das Subprefeituras”, disse.

Defesa Civil

Em um trabalho mais focado na prevenção, a Defesa Civil também prepara sua equipe para a temporada de verão, época em que ocorrem as chuvas mais intensas. 

O gerente Márnio Pereira explica que o setor conta com planos de contingência e de chamada para o caso eventos de urgência. 

“Dependendo da gravidade, as equipes se desdobram com o apoio de grupos externos, como o Corpo de Bombeiros, o Exército e Defesa Civil Estadual”, comentou.

Com uma equipe interna formada por oito agentes de defesa civil, Márnio comenta que as maiores preocupações em relação à temporada de chuvas são com os alagamentos e os deslizamentos de terra. 

“A Defesa Civil tem atuado na prevenção, com a distribuição de material informativo sobre o que fazer nos casos de calamidade. A ideia é multiplicar este conhecimento para a comunidade”, adianta.

Agricultura

Um setor que geralmente sofre com as mudanças climáticas é a agricultura. Segundo o engenheiro Ricardo Plothow, gerente da Fundação 25 de Julho, culturas como a do arroz e da banana não preocupam, pois são atividades que interagem bem com climas mais molhados. 

“A preocupação maior é com as hortaliças, que têm seu período de safra justamente nos meses da primavera e do verão”, explica.

Ações

Segundo o engenheiro Cassiano da Silva, da Seinfra, a Prefeitura de Joinville desenvolve algumas ações para prevenir alagamentos nas regiões mais afetadas. No centro da cidade, o projeto de macrodrenagem atinge o rio Mathias e o Cachoeira. 

“Depois de pronto, o sistema vai minimizar as cheias causadas pelas chuvas e pela ação da maré”, disse. Nesta semana, a empreiteira responsável pela obra iniciou o estaqueamento para a retificação do rio.

Já para a região Oeste, afetada pelo rio Águas Vermelhas, a solução passa pela dragagem do rio. “Um trecho foi executado, entre a rua Minas Gerais e o Jativoca e agora estamos preparando os documentos para encaminhar à Fatma para a licença ambiental do trecho entre o Morro do Meio e o bairro Vila Nova”, explicou.

Fenômeno El Niño

O El Niño é um fenômeno causado pelo aquecimento das águas do Pacífico além do normal e pela redução dos ventos alísios  na região equatorial. Sua principal característica é a capacidade de afetar o clima a nível mundial através da mudança nas correntes atmosféricas.

O nome “El Niño” foi escolhido pelo fato do fenômeno de aquecimento das águas na costa do Peru acontecer em dezembro, próximo ao Natal, e faz referência ao “Menino Jesus” ou, em espanhol “Niño Jesus”. 

O fenômeno já era conhecido entre os pescadores da região por causar diminuição na oferta de pescados nesse período, mas, só ganhou fama mundial após o período de 1997 a 1998 quando alcançou seu período de maiores efeitos.

Os principais impactos causados pelo fenômeno no Brasil são as secas na região norte e nordeste, o aumento de temperaturas na região sudeste e a tendência de chuvas acima da média e temperaturas mais altas nas regiões Sul e Centro-Oeste. 

 

Fonte: Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Joinville