Em julho, Joinville se torna o principal palco da dança no país
35º Festival de Dança de Joinville tem Cia. Deborah Colker para Noite de Abertura, e bailarinos consagrados nacional e internacionalmente na noite de Gala
Evento ocorre de 18 a 29 de julho, 12 dias que fazem de Joinville – a capital nacional da dança – o palco para personalidades artísticas e bailarinos de 17 estados brasileiros, do Distrito Federal e do Paraguai e Argentina
Com 35 anos ininterruptos de atividades, chancela de maior festival de dança do mundo em número de participantes segundo o Guiness Book, histórico de público em torno de 4,5 milhões de pessoas e número recorde de 3.326 trabalhos inscritos em 2017 (6,8% a mais que na edição anterior). Este é um recorte que consolida o Festival de Dança de Joinville como rota turística e cultural no mês de julho para amantes desta arte. São 12 dias em que a cidade com o perfil tipicamente industrial, do maior polo econômico de Santa Catarina, se transforma em um palco democrático de expressões artísticas recebendo cerca de 7.800 participantes entre bailarinos, estudantes, professores, profissionais e artistas convidados. O evento acontece de 18 a 29 de julho em Joinville (SC).
O público pode apreciar palcos espalhados pela cidade com apresentações de sete gêneros de dança: Balé Neoclássico, Balé Clássico de Repertório, Dança Contemporânea, Danças Populares, Danças Urbanas, Jaz e Sapateado. Neoclássico. A programação é digna de uma maratona. São 240h de espetáculos, sendo 200 gratuitas, em que estão confirmadas 1.327 coreografias de 408 grupos que se dividem em Mostra Competitiva, Meia Ponta e Palcos Abertos. A seleção dos trabalhos aprovados para o Festival de Joinville passou pelo crivo da curadoria artística formada pelas especialistas em dança Ana Botafogo, Mônica Mion e Thereza Rocha, que destaca o crescimento exponencial dos trabalhos à qualidade com excelência: “Os trabalhos estão cada vez mais caprichados, claros e precisos. Certamente o público vai se emocionar com as apresentações”, afirma Thereza.
Para marcar esta edição, o evento traz a consagrada Cia Deborah Colker para a Noite de Abertura (19/7) com a estreia do novo trabalho “Cão sem Plumas”, seu primeiro espetáculo de temática explicitamente brasileira, e a Noite de Gala (24/7) será uma homenagem a este legado com o espetáculo “Gala 35 anos Festival de Dança de Joinville” sob a condução do bailarino e coreógrafo Marcelo Misailidis. Entre as atrações, há um menu cultural com oito noites competitivas, quatro tardes do Meia Ponta e o evento finaliza com a Noite dos Campeões (29/7), líder absoluta na venda de ingressos, que traz de volta ao palco os melhores bailarinos e grupos da atual edição. Na ocasião, também é concedida premiação especial para: o Coreógrafo Revelação – ganha uma viagem para o exterior para participar de um evento relacionado à dança; Melhor Bailarino, Melhor Bailarina, Prêmio Revelação e Melhor Grupo.
Em paralelo, o público também pode prestigiar a Mostra Contemporânea de Dança. A curadoria artística do evento selecionou cinco espetáculos: 22/7 – companhia Automatismo (CE) com “Auto-matismos”; 26/7 – grupo Ateliê do Gesto (GO) traz “O Crivo”; 28/7 – Cia Fragmento de Dança (SP) encena “Porque somos mutantes”; 28/7 – Cia Híbrida (RJ) apresenta “Escuta! Performance Urbana” que, no dia 29/7, também é autora de “Non Stop”. E chegando à terceira edição, a Estímulo Mostra de Dança, novidade criada em 2014 com o objetivo de incentivar e valorizar grupos que se destacam na história do Festival de Dança de Joinville, vem com dois espetáculos nos gêneros Balé e Jazz: dia 20/7, a companhia CEP em Arte Basileu França (GO) apresenta “Concerto de Outono” e “Labirinto”, e no dia 27/7, é a vez da Cia Eliane Fetzer (PR) com “Dois Olhares”.
Além dessa extensa programação, o evento também se consolida no caráter didático e aperfeiçoamento técnico. Este ano, são disponibilizadas 3.480 vagas em 97 cursos – 28% a mais do que em 2016 – ministrados por 44 professores renomados na área de dança, além da realização do 11º Seminários da Dança com o tema “1, 2, 3 e já! A criança pinta, borda e dança”. A proposta é debater as possíveis relações entre dança e infância, com ênfase em duas proposições: os processos de ensino-aprendizagem realizados com crianças; e as criações especialmente produzidas para crianças. O Seminário será realizado nos dias 26 e 27 de julho, na Escola do Teatro Bolshoi no Brasil.
O 35º Festival de Dança de Joinville é apresentado pelo Ministério da Cultura e Banco Itaú – Lei de Incentivo à Cultura. O patrocínio é do Fundo Estadual de Incentivo à Cultura (Funcultural), por meio da Secretaria de Estado de Turismo, Cultura e Esporte do Governo do Estado de Santa Catarina, Diário Catarinense, Engie, Hipermercado Condor e Drogaria Catarinense. Tem apoio de O Boticário na Dança e a colaboração da Localiza e Folha de São Paulo. A promoção é da Secretaria de Cultura e Turismo e da Prefeitura de Joinville. A realização é do Instituto Festival de Dança de Joinville e Ministério da Cultura.
DESTAQUES DA PROGRAMAÇÃO:
Feira da Sapatilha
A Feira da Sapatilha é a principal do setor no Brasil e abriga todos os anos quase uma centena de expositores que vendem variados produtos voltados ao mercado da dança, atraindo não só a atenção de bailarinos, estudantes e professores, mas também dos catarinenses e turistas de outros estados para aquisição de artigos especializados. Além de sapatilhas e calçados para a prática da dança, roupas de ensaio e figurinos, também são vendidos no local acessórios relacionados ao tema, como livros, CDs e DVDs, chocolates e opções em artesanato, oferecidas por artesãos de Joinville e região.
Companhia convidada da 35ª edição
Noite de Abertura: dia 19/7
Deborah Colker faz em “Cão sem Plumas”, baseado no poema homônimo de João Cabral de Melo Neto (1920-1999), seu primeiro espetáculo de temática explicitamente brasileira. Publicado em 1950, o poema acompanha o percurso do rio Capibaribe, que corta boa parte do estado de Pernambuco. Mostra a pobreza da população ribeirinha, o descaso das elites, a vida no mangue, de “força invencível e anônima”. A imagem do “cão sem plumas” serve para o rio e para as pessoas que vivem no seu entorno. “O espetáculo é sobre coisas inconcebíveis, que não deveriam ser permitidas. É contra a ignorância humana. Destruir a natureza, as crianças, o que é cheio de vida”, diz Deborah.
A dança se mistura com o cinema. Cenas de um filme realizado por Deborah e pelo pernambucano Cláudio Assis – diretor de longas-metragens como Amarelo Manga, Febre do Rato e Big Jato – são projetadas no fundo do palco e dialogam com os corpos dos 13 bailarinos. As imagens foram registradas em novembro de 2016, quando coreógrafa, cineasta e toda a companhia viajaram durante 24 dias do limite entre sertão e agreste até Recife. Em Cão sem plumas, Deborah reúne aspectos de toda a sua carreira.
Noite de Gala: dia 24/7
Uma noite de emoções para quem dança e para o público. Assim será a Noite de Gala do 35º Festival de Dança de Joinville, que trará ao palco principal do evento bailarinos e companhias premiadas ao longo da trajetória do Festival. Este trabalho é inédito e foi dirigido pelo coreógrafo Marcelo Misailidis, com assistência de direção de João Wlamir e apoio de Pavel Kazarian, diretor geral da Escola do Teatro Bolshoi no Brasil.
O espetáculo, que tem como fundo telas do artista joinvilense Juarez Machado, traz expoentes da dança que se destacaram no Festival ou se formaram na Escola Bolshoi e hoje dançam em importantes companhias do Brasil e do exterior. Juntos os bailarinos, inclusive de Joinville, executarão coreografias que unem o balé clássico a danças urbanas com muita técnica, sutileza e precisão.
A noite será dividida em três partes: Danças Polovitsianas da Ópera O Príncipe Igor, com música de Alexander Borodin, apresentadas pela Escola Bolshoi; Divertissiments, um pout-pourri de coreografias em variados gêneros de dança com grandes sucessos de compositores como Verdi, Bizet, Gounod, Mascane,Offenbach, entre outros; e Gueite Parisienne, importante obra do repertório clássico que pretende homenagear a vocação artística da cidade de Joinville, representada aqui pelo artista plástico joinvilense Juarez Machado. Misailidis destaca que esta parte tem figurinos especialmente criados por Tania Agra e participação da Cia Brasileira de Ballet dirigida por Jorge Teixeira.
Além da Escola do Teatro Bolshoi no Brasil, outras duas companhias foram convidadas para a Gala. Os joinvilenses Maniac’s Crew, e Companhia Brasileira de Balé, do Rio de Janeiro. “Gala 35 anos Festival de Dança de Joinville” fará também uma forte referência à ópera, gênero musical extremamente presente no universo da dança.
Conheça quem participa da Noite de Gala:
Breno Lucena: Bailarino revelação do Festival de Dança em 2015. Atualmente dança na Companhia Brasileira de Ballet (RJ), com a direção de Jorge Texeira.
Cícero Gomes: Melhor Bailarino do Festival de Dança de Joinville em 2005. Primeiro Bailarino do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro (RJ).
Edson Barbosa: Melhor Bailarino do Festival de Dança de Joinville em 2012. TOP 12 finalista no Youth American Grand Prix em Nova York nos anos 2010 e 2012, TOP 6 finalista no Beijing Dance Competition na China. Em 2012, Edson foi o terceiro finalista geral e primeiro masculino no 40 Prix de Lausanne na Suíça. Integra o The Joffrey Ballet em Chicago, onde está até hoje, completando a sua terceira temporada com a companhia.
Felipe Cardoso: Melhor Bailarino do Festival de Dança de Joinville 2011. Foi tricampeão em Danças Urbanas, Conjunto no Festival de Joinville. Fez shows e ministrou workshops de Danças Urbanas no Brasil, Argentina e Uruguai. Atualmente atua como professor de dança e produtor de eventos de dança.
Gustavo Lopes: Garantiu o primeiro lugar no Festival de Dança de Joinville em 2008, 2009 e 2010. É primeiro bailarino do Ballet Nacional Del Sodre (Uruguai), sob a direção de Julio Bocca.
Karen Mesquita: Trabalhou na Companhia Brasileira de Ballet, Ballet do Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Karen se apresenta com frequência em todo território nacional e no exterior, já dançou em Mônaco, Alemanha, Paraguai e Argentina.
Mayara Magri: Melhor Bailarina do Festival de Dança de Joinville em 2010. No ano seguinte, participou do YAGP (Youth American Grand Prix), em Nova Iorque, nos Estados Unidos, e do Prix de Lausanne, na Suíça, nas duas ocasiões conquistou o primeiro lugar. Desde 2012 integra o Royal Ballet, em Londres, no Reino Unido, onde em 2016 se tornou solista.
Melissa Oliveira: Passou pela Escola Municipal de Bailados de Ourinhos, Conservatório Brasileiro de Dança e Cia Brasileira de Ballet sob direção de Jorge Texeira, onde participou de turnês pelo Brasil, Colômbia, China, Miami e Israel. Em 2014 ingressou no Ballet do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, sob atual direção de Ana Botafogo e Cecília Kerche, onde atualmente é solista.
Paula Alves: Melhor Bailarina do Festival de Dança de Joinville em 2011. No ano anterior foi selecionada para participar do YAGP (Youth American Grand Prix), em Nova Iorque, nos Estados Unidos, onde conquistou medalha de prata. Passou pela Especial Academia de Ballet, Companhia Brasileira de Danças Clássicas. Em 2014 e 2015 estagiou no Texas Ballet Theater, nos Estados Unidos. Atualmente é bailarina na São Paulo Companhia de Dança sob a direção de Inês Bogéa, e foi gentilmente cedida para essa apresentação.
Ricardo Alves: Melhor Bailarino do Festival de Dança de Joinville em 2015. Já dançou pelas Companhia Profissional de São José dos Campos, Companhia Cisne Negro, Companhia Deborah Colker, Grupo Divina Dança e atualmente atua na Curitiba Cia de Dança.
Vinicius Vieira: Iniciou os estudos na Escola do Teatro Bolshoi no Brasil, participou da Cia Jovem Bolshoi Brasil, com direção de Pavel Kazarian. Desde 2013 atua na São Paulo Companhia de Dança com direção de Ines Bogéa, gentilmente cedido pela Cia. para essa apresentação. Já dançou em Israel, Alemanha, França, Bélgica, Suíça, Canadá, Estados Unidos e Colômbia.
Companhia Brasileira de Ballet: Sob a direção de Jorge Texeira desde 1991, é um projeto artístico, didático e social desenvolvido com o objetivo de promover a profissionalização em dança, de jovens. A Cia. produz espetáculos de altíssimo nível artístico e já alcançou reconhecimento no cenário da dança internacional. Para “Gala 35 anos Festival de Dança de Joinville” a Cia apresenta “Gaite a Juarez Machado”, com um elenco de 26 bailarinos, embalados pela música de Jacques Offenbach.
Escola do Teatro Bolshoi no Brasil: Única filial do Teatro Bolshoi, que há 17 anos forma bailarinos profissionais, técnicos em dança, pelo método Vaganova e garante o acesso de crianças e jovens ao mundo da arte. A instituição concede 100% de bolsas de estudo para todos os alunos. Nesta noite, apresenta as Danças Polovitsianas, da Ópera “O Príncipe Igor”, que narra a passagem do Príncipe Igor no cativeiro, durante a guerra com os polovitsianos, povo nômade, no século XII. A obra, com música do russo Alexander Borodin, que impressionou Paris em 1909, na “Saisons Russes” de Sergei Diaghilev, tem versão coreográfica de Kasyan Goleizovsky. A Escola Bolshoi também apresenta o Pas-de-Deux Melodia de Gluck, com coreografia do russo Asaf Messerer e com a música da Ópera Orfeu e Eurídice, do compositor Christoph Willibald Gluck. No elenco estão alunos e bailarinos da Escola do Teatro Bolshoi no Brasil. Sob a direção de Pavel Kazarian e ensaiados por Anna Koblova, Ayrat Khakimov, Bruna Lorrenzzetti, Dmitry Afanasiev, Denys Nevidommy, Galina Kravchenko, Liudmila Sinel’nikova, Maikon Golini e Maria Antonieta Spadari.
Maniac’s Crew: Grupo foi fundado em 2008 pelo coreógrafo Thiago Rodrigo Moreira que atualmente divide a direção com Maicon Zepelini. O grupo coleciona prêmios do Festival de Joinville. É Tricampeão do Festival de Dança de Joinville, em Danças Urbanas, conjunto (2011/2013/2014). Já recebeu os prêmios de grupo revelação, melhor bailarino e foi convidado para participar da Estímulo Mostra de Dança. O grupo também conquistou 12 primeiros lugares em diversos festivais pelo Brasil e vencedor da vaga para a final no Alliance Dance Competition em Los Angeles CA – 2018. Em “Gala 35 anos Festival de Dança de Joinville o grupo representará as obras “Coro dos Ferreiros” e “Toreador”, da Ópera de Carmen Bizet.
Mostra Contemporânea de Dança: dias 22, 26, 28 e 29/7
A Mostra Contemporânea de Dança terá agenda ampliada neste ano. São cinco espetáculos de quatro grupos selecionados pela curadoria artística do evento. Duas apresentações são gratuita e em locais alternativos e três ocorrem no Teatro Juarez Machado. A programação inicia no dia 22/7 com a companhia Automatismo (CE) com o espetáculo “Auto-matismos”. O trabalho foi inspirado nas reflexões sobre uma lógica da coexistência e a construção da performance se dá no “encontro entre ´com-posições´ e a irrupção dos estados internos, os intervalos, a recorrência, o esvaziamento”, explica o diretor do grupo Victor Macdowell. É às 17h, no Centreventos Cau Hansen.
No dia 26/7, o grupo Ateliê do Gesto (GO) apresenta “O Crivo” inspirado na obra “Primeiras Estórias” de João Guimarães Rosa. Em cena, o grupo mostra dois homens que criam relações que só se revelam à medida em que atravessam suas estórias, o Sertão, ao som fazendeiro, de galo cantando, o vento batendo em meio as folhas das árvores. Mas o “Ser-Tão” é outro! Não está em Minas, na Bahia ou em Goiás. “O Ser-tão, aqui, é o vazio em meio aos resquícios das notas pesadas e sutis dos pianos de Villa-Lobos, Francisco Mignone e Arthur Moreira Lima. É sozinho que todos temos o mundo de cada um”, comenta o diretor e coreógrafo João Paulo Gross. É às 17h, no Teatro Juarez Machado.
Dia 28/7 é a vez da Cia Fragmento de Dança (SP), subir ao palco do Teatro Juarez Machado para encenar “Porque somos mutantes” que tem como ponto de partida a obra do escultor e fotógrafo Jason Taylor para pesquisar um corpo impermanente por onde transitam memórias e sentimentos, numa linha de tempo não linear. Imagens se formam e deformam entre pausas que constroem um ritmo próprio. Foram investigados alguns procedimentos utilizados por estátuas vivas a fim de entender o que se passa no contraste entre pausa e movimento. O trabalho discute sobre processos inevitáveis de transformação em que se perdem o registro do que somos, seja em situações degenerativas, como no Mal de Alzheimer, seja na tentativa consciente de que é necessário adequar-se para estar no convívio social. Em todas as situações estamos procurando a nós mesmos. Com tônus enrijecido, a movimentação sugere um tempo dilatado, atravessado pela estranheza de lidar com a relação de tempo-memória-perda.
Já a Cia Híbrida do Rio de Janeiro traz para a Mostra dois trabalhos. Dia 28/7, apresenta “Escuta! Performance Urbana”, uma intervenção urbana que faz parte das Estratégias para Desembrutecer o Olhar e busca responder algumas perguntas referente o impacto da dança em vários sentidos. Na primeira, bailarinos misturados às demais pessoas propõem pausas em grupo, passos isolados, juntos, misturados, de modo a gerar um estranhamento e, quem sabe, acordar aquele que passa bem ao lado. Na segunda, com fones no ouvido e desplugados de qualquer aparelho, eles oferecem aos transeuntes a possibilidade de um contato, que se dá através da extremidade do fone. Trocas verbais e não verbais estabelecem uma comunicação que se dá de corpo para corpo. É às 18h no Terminal de Ônibus Central.
No dia 29/7, entra em cena “Non Stop”, considerado um dos melhores espetáculos de dança de 2015 pelo Jornal O Globo. Desenvolve-se a partir do tema corpo x máquina e da pesquisa sobre a circularidade nas Danças Urbanas. A obra ressignifica elementos dentro de diversos estilos tais como o Breaking e seus power moves e footworks; o fluxo contínuo dos slides, os braços de waackin’, entre outros passos. A obra atua como uma lente de aumento, evidenciando o dançarino urbano, na beleza de sua movimentação, na força e energia de um corpo vigoroso e “sem limites”. É às 17h, no Teatro Juarez Machado.
Estímulo Mostra de Dança
A terceira edição da Estímulo Mostra de Dança tem novidade em 2017. Criada em 2014 com o objetivo de incentivar e valorizar grupos que se destacam na história do Festival de Dança de Joinville, neste ano vai realizar as apresentações sempre às 17h, no Teatro Juarez Machado. Dois importantes grupos de dança do Brasil foram convidados pela curadoria artística para conceber um espetáculo especialmente para o evento: CEP em Arte Basileu França, de Goiânia (GO), e a Cia Eliane Fetzer, de Curitiba (PR).
O grupo goiano sobe ao palco no dia 20 de julho para encenar os espetáculos “Concerto de Outono” e “Labirinto”. Quem assina as coreografias é Binho Pacheco. O grupo deve trazer em cena 16 bailarinos do Balé do Teatro Escola Basileu França. A apresentação será dividida em dois atos: no primeiro os bailarinos retratam o outono, época de transição entre os extremos de temperatura verão-inverno. O balé dialoga com o Concerto para Violino e Orquestra de Tchaikovisky. O segundo ato é composto pelo espetáculo “Labirinto”. Em cena, os bailarinos acordam em um extenso labirinto, cheio de atalhos e armadilhas.
Já no dia 27 de julho é a vez da Cia Eliane Fetzer com o espetáculo de Jazz “Dois Olhares”. A proposta é mostrar por meio da arte do movimento que não se vive em uma sociedade homogênea e que é preciso entender expressões diferentes desta sociedade pluralista. Conta uma fase da vida em que a mulher lutava por direitos e descobria seu verdadeiro valor na sociedade.
O 35º Festival de Dança de Joinville é apresentado pelo Ministério da Cultura e Banco Itaú – Lei de Incentivo à Cultura. O patrocínio é do Fundo Estadual de Incentivo à Cultura (Funcultural), por meio da Secretaria de Estado de Turismo, Cultura e Esporte do Governo do Estado de Santa Catarina, Diário Catarinense, Engie, Hipermercado Condor e Drogaria Catarinense. Tem apoio de O Boticário na Dança e a colaboração da Localiza e Folha de São Paulo. A promoção é da Secretaria de Cultura e Turismo e da Prefeitura de Joinville. A realização é do Instituto Festival de Dança de Joinville e Ministério da Cultura.