O Secretário-Executivo da Amunesc, Tufi Michreff Neto, participa nesta quinta-feira (28) de reunião com usuários do Programa Bolsa Família de Garuva. O evento é organizado pela Secretaria de Desenvolvimento Social e Habitação e tem como principal objetivo informar os usuários sobre o programa e as políticas de assistência.
Um dos temas abordados pedia “mais amor, menos ódio”, em alusão ao Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres, celebrado no último dia 25. Tufi destacou a importância da mobilização do poder público para a conscientização e a busca pela redução do número de casos: “A região da Amunesc registrou um aumento de 137% dos casos de violência doméstica neste ano se comparado a 2018, e o ano ainda nem terminou. Esse é um número muito alto que demonstra o quanto ainda temos que nos envolver com o assunto e desenvolver políticas públicas que auxiliem no combate a essas violências”, afirmou Tufi.
Segundo a Polícia Militar de Santa Catarina, em 2018 os municípios da Amunesc tiveram 1.585 atendimentos de crimes de violência doméstica. Somente até ontem (27), em 2019 já foram registrados 2.177 atendimentos. O município de Garuva teve a alta mais representativa entre os municípios da região: Foram nove casos em 2018 e 52 em 2019, o que representa uma alta de 478%. Muitos casos, porém, não são notificados, e do total dos atendimentos registrados pela PMSC em 2019 para a região, em média, somente 11% dos casos são levados à Assistência Social.
A Assessora de Assistência Social da Associação, Evelise Maria Junkes Buzzi, lembra que nem toda violência é visível, como as agressões físicas: “as violências sofridas pelas mulheres podem ser de vários tipos, incluindo a violência patrimonial, psicológica, moral”, declarou.
O evento contou ainda com a presença da Coordenadora de Políticas Públicas para as Mulheres da Secretaria de Assistência Social de Joinville, Ana Aparecida Pereira. Ana lembra as dificuldades que as vítimas enfrentam para procurar ajuda e buscar sair da situação de violência: “Muitas vezes a mulher permanece naquele lar violento porque não tem como se manter. Aceita se submeter a todos os tipos de violência porque tem filhos pequenos”, explica.