Defesa Civil, Secretaria de Infraestrutura Urbana, Subprefeituras e Fundação 25 de Julho se preparam com ações preventivas para enfrentar um período que segundo as previsões pode ser de chuvas intensas nos próximos meses.
No início da semana, o prefeito Udo Döhler reunir a equipe das Subprefeituras e Seinfra para falar sobre o tema.
Na Secretaria de Infraestrutura Urbana, as ações estão concentradas na manutenção das redes de drenagem e na limpeza de rios.
Segundo o gerente da Unidade de Drenagem, engenheiro Cassiano da Silva, as regiões que mais preocupam são as atingidas pelos rios Águas Vermelhas, Jaguarão, Mathias, Guaxanduva, Itaum Mirim, Iririú Mirim, Mirandinha, Cachoeira e Bom Retiro.
“São os locais que aparecem no histórico de alagamentos registrado em nossos arquivos”, disse. O engenheiro alerta que os moradores devem ficar alertas para as chuvas de verão que, se combinadas com o fenômeno El Niño, podem ser mais fortes e intensas que o normal.
“São situações em que chove muito em um curto período de tempo, sem possibilidade de a drenagem dar conta da vazão”, avalia.
Nos trabalhos de prevenção, a Seinfra conta com cinco escavadeiras hidráulicas (conhecidas como PC) grandes, duas mini escavadeiras, seis caminhões e duas equipes de limpeza manual.
“Estas equipes estão todos os dias realizando a limpeza de rios nos diversos bairros da cidade, com apoio das Subprefeituras”, disse.
Defesa Civil
Em um trabalho mais focado na prevenção, a Defesa Civil também prepara sua equipe para a temporada de verão, época em que ocorrem as chuvas mais intensas.
O gerente Márnio Pereira explica que o setor conta com planos de contingência e de chamada para o caso eventos de urgência.
“Dependendo da gravidade, as equipes se desdobram com o apoio de grupos externos, como o Corpo de Bombeiros, o Exército e Defesa Civil Estadual”, comentou.
Com uma equipe interna formada por oito agentes de defesa civil, Márnio comenta que as maiores preocupações em relação à temporada de chuvas são com os alagamentos e os deslizamentos de terra.
“A Defesa Civil tem atuado na prevenção, com a distribuição de material informativo sobre o que fazer nos casos de calamidade. A ideia é multiplicar este conhecimento para a comunidade”, adianta.
Agricultura
Um setor que geralmente sofre com as mudanças climáticas é a agricultura. Segundo o engenheiro Ricardo Plothow, gerente da Fundação 25 de Julho, culturas como a do arroz e da banana não preocupam, pois são atividades que interagem bem com climas mais molhados.
“A preocupação maior é com as hortaliças, que têm seu período de safra justamente nos meses da primavera e do verão”, explica.
Ações
Segundo o engenheiro Cassiano da Silva, da Seinfra, a Prefeitura de Joinville desenvolve algumas ações para prevenir alagamentos nas regiões mais afetadas. No centro da cidade, o projeto de macrodrenagem atinge o rio Mathias e o Cachoeira.
“Depois de pronto, o sistema vai minimizar as cheias causadas pelas chuvas e pela ação da maré”, disse. Nesta semana, a empreiteira responsável pela obra iniciou o estaqueamento para a retificação do rio.
Já para a região Oeste, afetada pelo rio Águas Vermelhas, a solução passa pela dragagem do rio. “Um trecho foi executado, entre a rua Minas Gerais e o Jativoca e agora estamos preparando os documentos para encaminhar à Fatma para a licença ambiental do trecho entre o Morro do Meio e o bairro Vila Nova”, explicou.
Fenômeno El Niño
O El Niño é um fenômeno causado pelo aquecimento das águas do Pacífico além do normal e pela redução dos ventos alísios na região equatorial. Sua principal característica é a capacidade de afetar o clima a nível mundial através da mudança nas correntes atmosféricas.
O nome “El Niño” foi escolhido pelo fato do fenômeno de aquecimento das águas na costa do Peru acontecer em dezembro, próximo ao Natal, e faz referência ao “Menino Jesus” ou, em espanhol “Niño Jesus”.
O fenômeno já era conhecido entre os pescadores da região por causar diminuição na oferta de pescados nesse período, mas, só ganhou fama mundial após o período de 1997 a 1998 quando alcançou seu período de maiores efeitos.
Os principais impactos causados pelo fenômeno no Brasil são as secas na região norte e nordeste, o aumento de temperaturas na região sudeste e a tendência de chuvas acima da média e temperaturas mais altas nas regiões Sul e Centro-Oeste.
Fonte: Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Joinville