Há quarenta anos, a Fundação Municipal de Desenvolvimento Rural 25 de Julho ajudou a implementar em Joinville a atividade de piscicultura.
Hoje, o município é referência estadual na prática e concentra os principais criadores de tilápias em Santa Catarina.
Anualmente, os piscicultores de Joinville produzem cerca de 1,2 mil tonelada de peixe. Embora seja expressivo, esse índice pode melhorar, principalmente com a profissionalização do setor.
De acordo com o presidente da Fundação 25 de Julho, Valério Schiochet, conscientizar os produtores sobre a importância da formalização do trabalho é uma das metas da entidade.
“Com a regularização do seu negócio, o piscicultor pode usufruir de programas de incentivo, tem acesso a benefícios da previdência, garante segurança para a sua atividade e, ainda, movimenta a economia do município”, explica Schiochet.
Segundo o presidente, atualmente existem cerca de 150 piscicultores em Joinville. Desse total, aproximadamente 50% são orientados e acompanhados pela Fundação 25 de Julho.
“Em parceria com a Secretaria de Meio Ambiente de Joinville (Sema), conseguimos viabilizar a Instrução Normativa que trata do licenciamento para a prática da piscicultura em Joinville. Dessa forma, a regulamentação ficou mais simples e acessível ao produtor”, completa o presidente.
Tendo a profissionalização do setor como importante meta, a Fundação 25 de Julho oferece ao produtor cursos de capacitação regulares, apoio de profissionais como técnicos, médico veterinário e engenheiro agrônomo, além de capacitação para emissão de nota fiscal eletrônica para produtor rural.
Outro importante recurso oferecido pela Fundação 25 de Julho é a comercialização de alevinos para piscicultores profissionais.
Há dez anos atuando no setor, o piscicultor Alcides Bergmann implantou em sua propriedade diversas técnicas que aprendeu na Fundação 25 de Julho.
“Hoje trabalhamos de forma mais profissional. Aprendemos como preparar os viveiros, a quantidade de peixes que podemos colocar em cada tanque, como tratar e como manter a temperatura ideal da água. Com isso, trabalhamos melhor e produzimos mais peixes”, conta o piscicultor.
Diversificação e subsistência
Além do trabalho de capacitação, a Fundação 25 de Julho também desenvolve outros projetos que visam fomentar a piscicultura.
Em 2017, um dos estudos que devem avançar é sobre a criação de lambaris. “O lambari é um peixe nativo, de produção fácil e com bom mercado de consumo. Além disso, a espécie atua no equilíbrio ambiental, pois é predadora natural do borrachudo”, disse o presidente da Fundação 25 de Julho.
Para a Fundação 25 de Julho, além da representatividade econômica para o município, a piscicultura pode ser uma atividade alternativa e de subsistência para o produtor rural.
“A criação de peixes é uma forma de o produtor rural sair da monocultura e, também, uma segura fonte de alimento para a família”, conclui Schiochet.
Fonte: Prefeitura de Joinville