A Secretaria de Saúde de Garuva, por meio da Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina iniciou nesta segunda-feira, 18, a intensificação da vacina contra a febre amarela primeiramente na área rural.
A ação é uma resposta ao anúncio feito pelo Ministério da Saúde, que ampliou para todo o território nacional a área com recomendação de vacina (ACRV). A intensificação iniciou-se em municípios em regiões próximas a corredores ecológicos, de matas e rios que podem vir a ser prováveis rotas de avanço do vírus da Febre Amarela.
Em Garuva a Vacinação será realizada de casa em casa, estratégia inicial no perímetro rural seguindo as datas abaixo:
18/06/2018 à 28/06/2018 – Toda área do Urubuquara
29/06/2018 à 03/07/2018 – toda área do Baraharas
04/07/2018 à 05/07/2018 – Centro 2 (Minas Velhas)
06/07/2018 à 13/07/2018 – Centro 1 (Divisa, Vila Verde, Caovi, São João Abaixo, Banaze)
Escolas da área rural:
Três Barras – 25/06/2018
Iça Mirim – 06/07/2018
Público-alvo da vacinação é composto por:
– Indivíduos a partir dos 9 meses de idade até 59 anos.
Com a devida atenção às contraindicações e aos casos em que há necessidade de avaliação prévia realizada por profissional de saúde.
A pessoa que já recebeu 1 uma dose de vacina de febre amarela ao longo da vida portanto será considerado vacinado.
Contraindicação:
A vacina não deve ser tomada por pessoas que se encontram nas situações abaixo:
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crianças menores de 9 meses de idade;
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mulheres amamentando crianças menores de 6 meses de idade;
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com alergia grave ao ovo;
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que vivem com HIV e que têm contagem de células CD4 menor que 350;
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em tratamento de quimioterapia/radioterapia;
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portadores de doenças autoimunes;
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submetidas a tratamento com imunossupressores (que diminuem a resposta imunológica).
Para os casos abaixo, é necessário que a pessoa seja avaliada por um profissional médico antes de tomar a vacina, sendo preciso medir os riscos e benefícios da vacinação:
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pacientes com imunodeficiência primária ou adquirida;
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indivíduos com imunossupressão secundária à doença ou a terapias imunossupressoras (quimioterapia, radioterapia, corticoides em doses elevadas);
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pacientes em uso de medicações antimetabólicas ou medicamentos modificadores do curso da doença Infliximabe, Etanercepte, Golimumabe, Certolizumabe, Abatacept, Belimumabe, Ustequinumabe, Canaquinumabe, Tocilizumabe, Ritoximabe;
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transplantados;
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pacientes com doença oncológica em quimioterapia;
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indivíduos que apresentaram reação de hipersensibilidade grave ou doença neurológica após dose prévia da vacina;
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indivíduos com reação alérgica grave ao ovo;
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pacientes com história pregressa de doença do timo (miastenia gravis, timoma);
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indivíduos com idade acima de 60 anos;
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crianças menores;
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crianças que tiverem alguma dose do Calendário Nacional de Vacinação em atraso podem tomar as vacinas junto com a da febre amarela, com exceção da tríplice viral (que protege contra sarampo, rubéola e caxumba) e da tetra viral (que protege contra sarampo, rubéola, caxumba e varicela). Para a criança que não recebeu a vacina contra a febre amarela nem a tríplice viral ou tetra viral e for atualizar sua vacinação, orienta-se um intervalo de 30 dias entre as vacinas.
Para quem a vacina é contraindicada, orienta-se o uso de repelente de insetos, que deve ser aplicado em toda a área de pele exposta, respeitando os intervalos orientados pelos fabricantes e fazendo a reaplicação após o contato com a água. Para crianças entre 6 meses e 2 anos de idade, gestantes e para a aplicação em tecidos, há formulações próprias no mercado. É importante proteger a maior extensão possível da pele por meio do uso de roupas compridas (blusas e calças), meias e sapatos fechados. O uso de roupas claras facilita a identificação de mosquitos e permite que eles sejam mortos antes de picarem o indivíduo.
Outras indicações: passar o maior tempo possível em ambientes com portas e janelas protegidas por telas mosquiteiras, dormir em ambientes com mosquiteiros devidamente arrumados para não permitir a entrada de mosquitos (abas de abertura sobrepostas e barras inferiores embaixo do colchão) e uso de repelentes ambientais (sprays, pastilhas e líquidos em equipamentos elétricos) no quarto de dormir também.
Crianças menores de 6 meses de idade não podem receber a vacina nem usar repelentes de aplicação direta na pele, por isso devem ser mantidas o tempo todo sob mosquiteiros e/ou em ambientes protegidos por telas.
A doença
A febre amarela é uma doença infecciosa febril aguda, causada por vírus amarílico ou vírus da febre amarela. Pode ser de curta duração ou evoluir de forma grave, podendo levar à morte. Transmitida pela picada de fêmeas de mosquitos infectados com o vírus, a doença não possui tratamento específico, sendo apenas sintomática, com cuidadosa assistência ao paciente em ambiente hospitalar. A vacina é a única forma de prevenção e está disponível gratuitamente na rede pública de todo o país.
Qualquer pessoa que não tenha sido vacinada e que resida em áreas onde há a transmissão da doença ou visite-as pode contrair a febre amarela. A doença não é contagiosa, sendo adquirida apenas pela picada do mosquito infectado com o vírus.
Os sintomas incluem febre, dor de cabeça, dores no corpo (de modo geral), náuseas e vômitos, fadiga e fraqueza. Em casos mais graves, a pessoa pode desenvolver febre alta, icterícia (coloração amarelada na pele ou na parte branca dos olhos), hemorragia e, eventualmente, choque e insuficiência múltipla de órgãos.
Ao identificar alguns dos sintomas, a pessoa deve procurar um médico na unidade de saúde mais próxima e informar: sobre qualquer viagem para as áreas de risco realizada nos 15 dias anteriores ao início dos sintomas; se observou mortandade de macacos, ou tomou conhecimento disso, próximo aos lugares onde esteve; e se já tomou a vacina contra a febre amarela, além da data.
Quem perdeu o cartão de vacinação deve procurar o serviço de saúde que costuma frequentar e tentar resgatar o seu histórico. Caso não seja possível, indica-se que pessoas a partir dos 5 anos de idade que nunca tenham sido vacinadas ou estejam sem o comprovante de vacinação sejam imunizadas contra a febre amarela.
Fonte: http://dive.sc.gov.br