Em pauta o desafio de equilibrar receitas e investimentos municipais
Gestores de importantes municípios catarinenses reuniram-se nesta quinta-feira, 9, na Associação de Municípios do Nordeste de Santa Catarina – AMUNESC, em Joinville, para debaterem formas de como tornar uma gestão eficiente. O prefeito de Itajaí, Volnei Morastoni, presidente da Federação Catarinense de Municípios – FECAM participou do debate que contou com a participação dos prefeitos de Blumenau, Mário Hildebrandt; de Campo Alegre, Rubens Blaszkowski, presidente da AMUNESC; e do secretário da Fazenda de Joinville, Flávio Alves, presidente do Conselho de Órgãos Fazendários Municipais de Santa Catarina – CONFAZ-M/SC. O encontro aconteceu no encerramento da reunião do Colegiado de Secretários Executivos das Associações de Municípios.
Em sua fala, Morastoni enfatiza a importância de discussões como esta que contribuam para a melhoria das gestões municipais. “Estamos vivendo um drama da economia, que fez um sinal de recuperação, mas muito lento, e não conseguimos corrigir rapidamente as perdas de receitas que tivemos nos últimos anos. Neste contexto temos que cada vez mais nos valer de exemplos positivos”, observa. Com esse objetivo, ele reforçou a relevância do Banco de Boas Práticas lançado durante o Congresso de Prefeitos pela FECAM em parceria com o Consórcio de Informática na Gestão Pública Municipal (CIGA). “Os municípios têm dificuldades que precisam ser debatidas e a socializadas. Isso nos permite encontrar saídas em conjunto. A oportunidade oferecida pela Fecam de compartilhamento de boas práticas é excelente”, ressalta. Já são mais de 90 exemplos cadastrados no portal da FECAM – https://www.fecam.org.br/areas/index/index/codArea/6
Empossado como prefeito desde abril deste ano, Hildebrandt falou sobre os desafios do cargo e compartilhou o exemplo do escritório de projetos implantado na prefeitura blumenauense. “O escritório de Projetos nos dá condição de acompanhar cada uma das obras da cidade. Consigo monitorar o porcentual de andamento de uma obra, o tempo e o motivo por ela estar parada. Desta forma, efetivamente podemos cobrar os resultados ao secretário responsável que terá a agilidade nos documentos para entregá-la a tempo e não perdermos os recursos federais, municipais ou de financiamento”.
Responsável por comandar as finanças da cidade mais populosa do estado, Alves compartilhou iniciativas promovidas na prefeitura que resultaram em transparência e celeridade no processo de compras. “Atualmente todo nosso processo de gestão é eletrônico. Adaptamos um software utilizado pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região – TRF4 para a realidade da gestão municipal. Não geramos documentação no processo inteiro da administração e viramos referência para municípios catarinenses e de outros estados”, relatou. Ao final, ele chamou atenção para a importância dos municipalistas acompanharem e se envolverem nos debates reforma tributária. “Cabe uma discussão séria sobre isso, sob pena de municípios serem muito afetados na sua arrecadação”.