Na quarta-feira (28), às 8h30, no auditório da Reitoria da Universidade da Região de Joinville – Univille, acontece a “IV Reunião da Rede Intersetorial de Enfrentamento à Violência contra a Mulher do Município de Joinville”.
O encontro vai reunir as 35 instituições que compõem a Rede com o objetivo de discutir estratégias e ações de combate à violência contra a mulher, oferecendo condições para que ela saia de situações de agressão com segurança e apoio, e servindo como base para a criação de políticas públicas relacionadas ao tema.
O evento também é aberto à comunidade, inclusive à participação de mulheres que estejam passando por situações de violência.
De acordo com Ana Aparecida Pereira, coordenadora de Políticas Públicas para as Mulheres, da Secretaria de Assistência Social de Joinville (SAS), uma das principais missões do grupo é criar ferramentas de emancipação para as mulheres.
“Muitas vezes a mulher permanece naquele lar violento porque não tem como se manter. Aceita se submeter a todos os tipos de violência porque tem filhos pequenos. Na Rede Intersetorial de Enfrentamento à Violência contra a Mulher buscamos parceiros que possam capacitar e ajudar as mulheres a ingressarem no mercado de trabalho”, explica Ana Aparecida.
Além da formação da Rede, o município de Joinville vem realizando outras ações concretas para combater a violência contra a mulher. Entre elas está a campanha “Mais amor, menos ódio”, criada pela Prefeitura, por meio da SAS, em parceria com o Conselho Municipal dos Direitos da Mulher (CMDM), Associação de Municípios do Nordeste de Santa Catarina – Amunesc, CDL Joinville, Polícia Militar e Polícia Civil de SC.
Lançada em março deste ano, por ocasião do Dia Internacional da Mulher, a campanha já realizou mais de 20 rodas de conversa e reuniu mais de mil mulheres, em diversas regiões da cidade, incluindo as nove unidades dos Centros de Referência de Assistência Social (Cras), comunidades religiosas, comunidade quilombola, área rural, entre outros.
Em Joinville, os principais canais de apoio à mulher vítima de violência são a Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180; a Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso (DPCAMI), Polícia Civil (disque 181) e Polícia Militar (disque 190); os serviços socioassistenciais da SAS, oferecidos pelas Unidades dos Centros de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) e dos Cras; atendimento jurídico nas Varas da Família e nos núcleos de atendimento jurídico das faculdades e universidades de Direito; a Casa Abrigo Viva Rosa que atende provisoriamente mulheres em situação de risco de morte ou ameaças decorrentes de violência doméstica e familiar; além de entidades que promovem a profissionalização e ajudam a inserir as mulheres no mercado de trabalho.
No primeiro semestre deste ano, Santa Catarina registrou 31 feminicídios, de acordo com a Secretaria de Segurança do Estado (SSP-SC). Em 2018, a DPCAMI registrou 3.024 boletins de ocorrência (BOs) de casos de violência contra a mulher.
Rede de Enfrentamento à Violência contra a Mulher
Joinville foi o primeiro município em Santa Catarina a criar a Rede de Enfrentamento à Violência contra a Mulher. A iniciativa foi um dos resultados da adesão do município ao Pacto Estadual Maria da Penha e ao Termo de Compromisso de Adesão à Rede, assinado pelo prefeito Udo Döhler, no último mês de março.
Fonte: Prefeitura de Joinville